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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bolha de crédito no Brasil?


Por Fernando Gonçalves e Felipe Gottlieb

Artigos recentes na imprensa internacional têm apontado insistentemente para o risco de haver uma bolha de crédito no Brasil. O medo é compreensível quando se observa o aumento de mais de 20 pontos percentuais do crédito como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos seis anos e o elevado comprometimento da renda do brasileiro com o serviço de dívidas. Mas temos uma bolha?

A concepção clássica de bolhas financeiras envolve aumentos de preços de ativos que não podem ser explicados por fundamentos. O crédito excessivo teria o papel de alavancar a apreciação exagerada dos preços, como ocorreu na recente bolha imobiliária americana. Este claramente não é o caso do Brasil, onde o financiamento imobiliário ainda é incipiente e parte significativa do crédito é para o consumo.

A situação brasileira está mais associada à literatura econômica de ciclos de crédito, segundo a qual expansões exageradas do endividamento podem levar a excessos de consumo e investimento. Em um momento de reversão, tais excessos levariam a uma queda exacerbada da atividade e, no caso mais extremo, a uma crise financeira.

A questão importante, portanto, é saber se o aumento recente do crédito no Brasil pode ser considerado exagerado. Uma avaliação correta deve reconhecer que o nível de crédito no Brasil ainda é baixo e que seu aumento recente ocorreu em paralelo a diversas mudanças no ambiente macroeconômico, microeconômico e regulatório.

Aqui, a expansão resultou de melhorias no ambiente macro, microeconômico e regulatório

A nova lei de falências, por exemplo, teve papel importante na redução do custo e aumento do volume do crédito para empresas. Antes, o processo de insolvência no Brasil era um dos mais lentos do mundo e as restrições sobre empresas em recuperação eram muito rígidas, provocando assim falências evitáveis. A lei reduziu a burocracia, flexibilizou condições impostas às empresas em dificuldade e reforçou os direitos dos credores. O resultado foi uma maior previsibilidade dos retornos dos empréstimos.

No caso do crédito ao consumidor, a criação do crédito consignado aumentou as garantias ao credor, permitindo a queda no custo do crédito e o aumento expressivo das concessões. E como pelo menos 85% dos tomadores são funcionários públicos ou pensionistas do INSS, a inadimplência dessa modalidade de crédito é pouco sensível aos ciclos econômicos.

Ao mesmo tempo, ocorreu uma queda estrutural da taxa de desemprego e um aumento da formalização. Esses fatores, junto com a melhoria na distribuição de renda, produziram um forte crescimento da bancarização - isto é, do número de pessoas com contas bancárias - o que aumentou o contingente de brasileiros com acesso ao crédito bancário.

A formalização do trabalho e a bancarização podem ter produzido uma migração do crédito não bancário - às vezes não capturado em estatísticas oficiais - para o bancário. Assim, é possível que parte do aumento recente das estatísticas de crédito seja resultado da melhor medição e não de um aumento real do endividamento.

Como pano de fundo durante esse processo, tivemos ainda um ambiente de relativa estabilidade macroeconômica, propiciado por anos de controle inflacionário e superávits primários que garantiram a sustentabilidade fiscal. A conjunção de todos esses fatores permitiu o alongamento de prazos e a redução de taxas de juros, tornando o crédito mais acessível.

Há, portanto, uma lista extensa de fatores que indicam que, ao contrário do que ocorreu em outros países, a expansão recente do crédito no Brasil não resultou de uma deterioração da qualidade regulatória, e sim de melhorias no ambiente macroeconômico, microeconômico e regulatório.

Essas melhorias permitiram a forte expansão do crédito sem contudo aumentar o comprometimento da renda com serviço de dívidas. Mas, apesar de estável, é preciso reconhecer que o comprometimento (atualmente em torno de 26% da renda) é bastante elevado, o que tende a gerar uma maior inadimplência média e maiores spreads bancários.

A limitação imposta pelo elevado comprometimento da renda indica que novas melhorias são necessárias para que a expansão do crédito continue de forma saudável. É preciso evoluir para um mercado de crédito com prazos mais alongados e taxas de juros e de inadimplência mais baixas. Sem isto, o incipiente desenvolvimento do mercado de crédito imobiliário, por exemplo, ficará limitado ou aumentará os riscos do sistema financeiro.

Neste sentido, uma melhoria institucional potencialmente importante foi a criação recente do cadastro positivo. Com ele, o histórico de crédito de cada tomador será conhecido, e não apenas dos inadimplentes, o que tende a aumentar a precisão de avaliações de crédito e a reduzir a inadimplência média. A expectativa é que o cadastro ajude o mercado de crédito a migrar de um "equilíbrio ruim", de altos spreads e alta inadimplência, para um "equilíbrio bom", com spreads e inadimplência mais baixos.

Vale mencionar que as taxas de inadimplência vem subindo nos últimos meses, movimento que deve se acentuar com a desaceleração da economia. Isso pode ser percebido por alguns como evidência de uma bolha de crédito. No entanto, é natural que em momentos de desaceleração observemos aumentos significativos da inadimplência, o que por si só não caracteriza excesso de crédito.

E mesmo que a desaceleração da economia produza um aumento acentuado da inadimplência e problemas pontuais, o sistema financeiro brasileiro está, de modo geral, bem capitalizado, como fica evidente pelo elevado índice de Basileia dos bancos. Em 2010, o índice médio ficou em 16,9%, bem acima da exigência mínima de 11% no Brasil (que por sua vez já é bem maior do que a exigência mínima de 8% da Basileia). Somam-se a isso os elevados recolhimentos compulsórios praticados no Brasil, que representam um colchão de liquidez significativo no caso de uma crise.

Embora o aumento do crédito até aqui se justifique pelas melhorias descritas e os bancos estejam, na média, bem capitalizados, as autoridades devem permanecer vigilantes. A boa notícia é que o Banco Central vem dando sinais claros de seu compromisso com a estabilidade financeira. Além da criação recente do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), o BC passará a monitorar de perto empréstimos de menor valor e seus critérios de concessão. Quando houver discrepância entre níveis de risco atribuídos a um mesmo tomador, o BC poderá exigir provisões maiores das instituições mais otimistas. Essas medidas vão na direção correta e a continuidade desse processo de aprimoramento é fundamental para evitar excessos no futuro.

Fernando M. Gonçalves é sócio da Ventor Investimentos

Felipe Gottlieb é economista da Ventor Investimentos



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

INSS envia carta aos beneficiários que já podem se aposentar em setembro


SÃO PAULO - Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que já estiverem aptos para se aposentar por idade a partir do próximo mês receberão uma carta do órgão avisando sobre essa possibilidade. Segundo a Previdência Social, 1.809 correspondências foram enviadas, sendo que 1.095 foram somente para mulheres.

O envio do Aviso para Requerimento do Benefício foi estabelecido em junho do ano passado, com o objetivo de informar os servidores sobre seus direitos previdenciários. A medida prevê que as pessoas que já tenham completado a idade mínima e a carência necessárias para a aposentadoria recebam o aviso.

Homens que completam 65 anos e mulheres que completam 60 anos a partir do dia 1º de setembro devem receber o documento. Ambos devem ter feito 180 contribuições ao INSS - se o segurado estiver inscrito no instituto até 24 de julho de 1991.

Informações e segurança

A carta possui um código de segurança para que a pessoa se certifique de que a correspondência foi realmente emitida pelo INSS. A confirmação de autenticidade pode ser feita no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) ou pelo número 135. Além do código de segurança, podem ser solicitados outros dados do beneficiário.

Além disso, o documento tem o nome e o NIT (Número de Identificação do Trabalhador) do segurado, a data de nascimento, sexo, informação sobre a quantidade de contribuições feitas ao INSS e a estimativa de renda mensal do benefício.

Aqueles que não receberam a carta, mas têm condições para se aposentar por idade, devem providenciar a correção de seu cadastro, agendando o atendimento pela Central 135. A Previdência alerta os segurados para que mantenham seus dados atualizados junto ao órgão.

Os segurados que receberam a carta, caso tenham interesse, podem agendar o requerimento de sua aposentadoria por idade a partir da data de seu aniversário.

domingo, 24 de julho de 2011

Calculadora do Cidadão


Para facilitar a vida dos brasileiros, o Banco Central nos dá uma ótima ferramenta: A CALCULADORA DO CIDADÃO (clique aqui!). Assim, sem complicação você pode calcular e entender melhor os valores do seu empréstimo sabendo claramente o prazo de quitação. Veja que deve deixar sem preencher apenas o campo que desejar informação. Boa sorte no seu empréstimo e investimento!

sábado, 23 de julho de 2011

Cuidado com o "crédito fácil"

Para não cair no golpe do empréstimo com restrição no nome ou crédito fácil como restrição sem consulta alguns cuidados devem ser tomados antes de contratar ou firmar algum negócio com empresas de crédito:
Acesse o Banco Central no 0800-992345 e peça informações sobre a suposta instituição e dados mais completos para saber se ela esta autorizada a conceder empréstimos;
Nunca deposite qualquer quantia em dinheiro antecipado para conseguir liberação de empréstimo. Se por acaso fizer, diga adeus ao seu dinheiro para sempre;
Não seja bobo, financeira não faz milagre, se perceber que o anúncio de empréstimo foge do padrão convencional oferecendo vantagens e condições miraculosas e com exagero, principalmente nos prazos e valores liberados sem ter que apresentar garantias ou consulta ao SPC e SERASA, desconfie.

Leia na íntegra...

Emprestimo Consignado - Você precisa saber!

Equilíbrio é essencial!